O Município de Campinas, no interior de São Paulo, tem exemplos de agroecossistemas com usos intensivos
das terras, mas que ainda conservam elevada riqueza faunística e grande diversidade de situações ecológicas.
O texto abaixo descreve algumas características e um pouco da história da cidade de Campinas.


Foto: Luiz Antonio Granzotto

Área: 800 km²
Altitude média: 680 m
Distância da Capital: 100 Km
DDD (019)
CEP: 13100-000

A origem do povoamento de Campinas está ligada à abertura dos caminhos para o sertão de Goiás e Mato Grosso, no século XVIII. O pouso para o descanso dos tropeiros, que utilizavam este caminho entre as Vilas de Jundiaí e Mogi-Mirim, ficou conhecido como "Campinas do Mato Grosso" em razão de três pequenos descampados ou "campinhos" em meio à mata.

Em 1772, foi solicitada licença para a construção de uma capela devido à grande distância entre esse povoado e Jundiaí. Em 1773, foi autorizada a construção de uma igreja matriz, ao invés de uma simples capela. Esse fato contribuiu para que o governador da Capitania de São Paulo outorgasse a fundação do núcleo urbano.

No dia 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa. Essa data ficou sendo a oficial da fundação de Campinas, embora tenha sido elevada à categoria de cidade apenas em 1842.

A economia do Município foi marcada, primeiramente, pela lavoura canavieira e pela indústria açucareira. Nesse período, a cidade era conhecida como o maior centro escravocrata da Província. Gradativamente, a lavoura canavieira foi sendo substituída pela cultura do café, a qual propiciou expressivo impulso dinamizador a Campinas, com a chegada dos imigrantes europeus e com investimentos em vários setores urbanos, inclusive no setor cultural. O desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade lhe permitiu disputar no final do século XIX, a primazia com a capital do Estado. Apesar das crises cafeeiras, no início do século XX Campinas já apresentava uma economia bastante consolidada, o que lhe possibilitou acompanhar as etapas seguintes do desenvolvimento econômico do país.

No censo de 2000, Campinas contou 969.396 habitantes, constituindo-se o pólo de uma área que abriga cerca de 2 milhões de habitantes. É o maior centro de desenvolvimento econômico do interior, e sua região configura-se como a terceira grande concentração industrial do Brasil.

As 2.500 indústrias instaladas na região correspondem a 25% da produção química do Estado de São Paulo; 23% da produção de minerais não-metálicos; 19% da produção de mecânica equipamentos; 27% da Produção de couro, papel e papelão, 21% da produção têxtil e 17% da; produção agro-industrial. 31 das 500 maiores empresas do mundo operam na região de Campinas. Entre elas a IBM, General Motors, Merk Sharp & Dohme, Pirelli, Singer, Clark, Mercedes Benz, Bosch. Encontram-se igualmente instaladas na região centenas de grandes empresas brasileiras, como a Itautec, Romi, Dedini, Nardini, Antarctica. Algumas das mais importantes indústrias processadoras de suco de laranja, cana de açúcar e álcool estão estaladas na região.

Campinas contribuiu com 20% da produção agrícola estadual e movimenta 30% do crédito rural. É a primeira região no país em índice de mecanização, uso de adubos, sementes qualificadas e defensivos agrícolas. A agricultura da região contribui com 36% da produção avícola de corte e 27% da produção de laranja no Estado.

Mais de uma centena de indústrias de Campinas desenvolve atividades voltadas para o comércio exterior apresentado, nos últimos três anos, um volume de exportações industriais de US$ 400 milhões. Campinas apresenta uma importante combinação de formação universitária e centros de pesquisa e tecnologia, incluindo duas universidades: a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Pontífícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) e a Universidade Paulista (UNIP).

O setor mais dinâmico na economia da região de Campinas é o terciário. A cidade conta com mais de 12.000 estabelecimentos voltados para o comércio. Seu movimento representa 27% da receita do comércio do Estado. O setor bancário possui 54 bancos, inclusive estrangeiros, com mais de 120 agências. É a quarta maior praça bancária do país em movimento de compensação de cheques.