Está entre os maiores primatas neotropicais, podendo atingir até
9 kg de peso. A altura do corpo varia de 30 a 75 centímetros, sendo
que o comprimento máximo da cauda chega a atingir 80 cm. Vive em
bandos de três a doze indivíduos, de ambos os sexos e várias
idades, chefiados por um macho adulto. Sua pelagem varia de tons ruivos,
ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro, essa variação
de coloração é devida a diferenças individuais
e de idade. A presença de pêlos mais compridos nos lados da
cara e do cavanhaque, é bem notável nessa espécie.
Quanto ao seu tempo de vida, pouco se sabe, pois trata-se de um animal
que não se adapta bem ao cativeiro.
Hábitat
Floresta Atlântica.
Distribuição
Distribui-se pelos Estados costeiros da Bahia ao Rio Grande do Sul. Também
em Minas Gerais, na Estação Ecológica de Caratinga.
Hábitos
Hábitos arborícolas. É um animal pouco ativo, se locomove
vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, consome
mais de 50% de seu período diurno em repouso.
Alimentação
Sua dieta é predominantemente folívora (folhas). Os outros
alimentos são: flores, brotos, frutos, caules de trepadeiras. O
horário habitual de alimentação é ao amanhacer
e ao pôr-do-sol.
Reprodução
A maturidade do bugio é atingida entre um ano e meio e dois anos.
O período de gestação é em média de
100 dias, nascendo um filhote com cerca de 1/2 quilo.
Manifestações
sonoras
O rugido é a sua característica mais importante (um ronco
forte). É interrompido e recomeçado várias vezes durante
até 30 minutos. Costuma ser emitido quando são observados
outros grupos se aproximando ou com a invasão do território
por outro indivíduo; sinal de perigo; marcação de
território. A amplificação da potência desses
sons é obtida graças ao hióide, pequeno osso situado
entre a laringe e a base da língua. Na presença de um predador,
o hilóide funciona como uma caixa de ressonância.
Predadores naturais
Falconiformes.
Caça, utilização
É lento para escapar de flechas e tiros, fornecendo boa quantidade
de carne para mateiros e indígenas.
Preservação
A Fundação Brasileira para a Conservação da
Natureza (FBCN) mantém laboratórios e alojamentos para pesquisadores
denominado Estação Biológica de Caratinga (EBC), que
é uma fazenda particular com um fragmento de Mata Atlântica
e cerca de 800 ha, onde ocorre a subespécie
Alouatta fusca fusca.
Em Campinas, encontra-se a subespécie
Alouatta fusca clamitans.
Bibliografia
R. Milton 1980, "The Foraging Strategy of Howler Monkey".
Flávio Silva 1984, "Mamíferos Silvestres - Rio Grande
do Sul".
Crockett & Eisenberg 1986.
Emmons & Feer 1990, "Neotropical Rainforest Mammals".