
Reprodução:
Foto Luiz Cláudio Marigo |
Tangará-dançador
(Chiroxiphia caudata)
Família Pipridae
|

Caracterização
Mede 13 cm, adicionando-se mais 2 cm ao prolongamento das retrizes medianas.
O macho é um azul celeste e cauda pretas tendo, no alto da cabeça,
uma coroa vermelha brilhante. Na cauda, as duas penas centrais projetam-se
além das outras. A fêmea é verde escura, reconhecida
por um ligeiro prolongamento da cauda. Os machos imaturos são totalmente
verde-oliva, mas alguns jovens podem ser distinguidos das fêmeas
devido ao vermelho na fronte, que adquirem antes da troca de plumagem do
restante do corpo.

Habitat
Habita as matas densas. Vivem no estrato médio da mata. E também
são encontrados à beira de núcleos urbanos do sudeste
do país, o que contribui para a sua populariedade.

Distribuição
Pode ser encontrado na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro até
o Rio Grande do Sul.

Hábitos
Voam bem, mas usualmente não deixam a mata frondosa, alguns revelam-se
verdadeiros acrobatas quando exibem-se nas cerimônias pré-nupciais;
os movimentos tornam-se mais ligeiros nos machos, menores e mais leves
na fêmea.
Pegam formigas para friccioná-las nas asas e na base da cauda,
utilizam as formigas na higiene da plumagem, esfregando os insetos vivos
nas asas para gozar o efeito do ácido fórmico, atividade
que é tratada como "formicar-se".

Alimentação
Comem bagas, frutas, tiram pequenos pedaços. Apanham pequenos insetos,
vermes e aranhas nas folhas.

Reprodução
No período de reprodução, os dançadores machos
executam verdadeiras danças diante das fêmeas. Vários
enfileiram-se num galho e exibem-se, um de cada vez, diante da fêmea.
Depois de executarem o ritual, cada macho vai ao fim da fila e espera a
sua vez para exibir-se novamente.
A fêmea tem o seu próprio território ao redor do
ninho. Constroem uma cestinha rala que é fixada a uma forquilha,
muitas vezes por negros micélios de fungos, que podem prender
o ninho como uma cortina, quebrando o seu contorno e mimetizando-o; utilizam
teias de aranhas, em boa qualidade para colar o material da construção
a qual muitas vezes está situada a uma altura relativamente grande,
perto d'água e até sobre ela.
Põe dois ovos, são de fundo pardacendo com desenho pardo-escuro.
A incubação é executada com dedicação
pela mãe, é de 18 dias e os filhotes abandonam o ninho em
20 dias, quando começam a se alimentar e a se defender sozinhos.

Manifestações
sonoras
As suas manifestações sonoras cerimoniais é marcada
com forte "drüwed". A musiquinha começa num "tiu-tiu", passa
para um "trá-trá", com os tangarás voando, fazendo
evoluções e pousando nos galhos um junto ao outro, depois
que cada um termina a sua parte na dança, que costuma durar de quinze
minutos a meia hora. Após a dança, ou antes dela, o
macho às vezes persegue uma fêmea, emitindo uma série
de "trrrrs".
A espécie dsipõe de um assobio de advertência: "dwüd",
dwüod".

Denominação
O termo "tangará" deriva do tupi "ata" - andar, "carã" -
em volta; seria equivalente ao "Saltarin" castelhano.

Bibliografia
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".
