Foto: Luiz Claudio Marigo

Quiriquiri 

(Falco sparverius) 

Família Falconidae

Caracterização

Mede 25 cm. É um dos menores falcões. Inconfundível pelo desenho característico e estranho que ostenta na cabeça, duas faixas verticais laterais e duas nódoas nucais negras, lembrando olhos.  Macho de cauda e costas unifdormes ferrugíneas, retrizes com larga faixa negra anteapical e ponta branca, asas cinzentas; fêmea com asas ferrugíneas como as costas, manchadas de negro e de cauda com inumerosas listras negras.

Habitat

Habita em regiões cmpestres e quase desérticas, onde pode ser comum; contenta-se com um mínimo de vegetação.

Distribuição

Ocorre do norte do Alasca à Terra do Fogo, em todo Brasil, exceto em floresta.

Hábitos

Empoleira em postes e fios telefônicos; sacode a cauda; peneira ocasionalmente, voando pode lembrar uma grande andorinha.

Alimentação

Como lagartixas e grandes insetos como gafanhotos; às vezes também apanha camundongos e pequenas cobras; no crepúsculo tenta capturar morcegos, o que nem sempre consegue, embora possa especializar-se nisto.

Reprodução

Nidifica em ocos de árvores, cavidades feitas por pica-paus, buracos em barrancos e até em cupinzeiros.

A fêmea põe de dois a três ovos que choca durante 30 dias. Os gaviões filhotes já apresentam dimorfismo sexual na época em que vão abandonar o ninho, de 35-40 dias.

Manifestações sonoras

Seu nome "quiriquiri" é onomatopéia de sua vocalização que repete várias vezes, pousando em árvores do cerrado, campos, postes e até em grandes cidades.

Voz: "gli-gli-gli", i-i, i, i, i".


Declínio da espécie

A espécie declina, ameaçada pela ingestão de aves intoxicadas por DDT. Infere-se que a baixa do potencial reprodutivo seja em função da grande utilização de biocidas organoclorados em culturas agrícolas. O inseticida  concentra-se nos tecidos e provoca o enfraquecimento da calcificação dos ovos, que se quebram no ninho; continuando nesse ritmo, a espécie poderá extinguir-se em futuro não muito distante.

Preservação

Há poucas aves esteticamente tão valiosas como os rapineiros, sobretudo os falcões. Deixemos que abatam algumas pombas cujo número lhes é mil vezes superior e sempre é importante ter em mente, que os rapineiros caçam apenas para se alimentar.

Bibliografia

Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".