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Papagaio-verdadeiro |
Vivem na mata úmida ou seca, palmais, beira do rio.
Ocorre do Nordeste (Piauí, Pernambuco, Bahia, pelo Brasil
central (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), ao Rio Grande do Sul,
Paraguai, norte da Argentina e Bolívia.
Entre os papagaios, macho e fêmea voam tão juntos um
do outro que o casal parece ser uma grande e fabulosa ave de quatro asas.
A melhor defesa que possuem é ficarem imóveis e calados.
Os movimentos lentos que assumem ao andarem, treparem ou comerem parecem
ser prudentemente calculados servindo também para se ocultarem ainda
melhor; na mata traem-se mais pelo barulho de frutos que fazem cair no
solo.
Emite um sinal de satisfação e tranquilidade, no poleiro,
através de um estalo produzido pela raspagem da mandíbula
contra as ondulações da superfície do "polato".
Procuram seu alimento tanto nas copas das árvores mais altas,
como em certos arb ustos frutíferos. Subindo na ramaria utilizam
o bico como um terceiro pé; usam as patas para segur ar a comida,
levando à boca. Gostam mais das sementes do que da polpa da frutas.
São atraídos por árvores fru tíferas como mangueiras,
jaboticabeira, goiabeiras, laranjeiras e mamoeiros.
Nidificam nos troncos ocos de palmeiras e outras árvores;
aproveitam-se de fendas pela decomposição, em rochas erodidas
ou até em barrancos.
Afofam o fundo de suas cavidades com madeira triturada, o que facilita
a secagem do fundo banhado pelas fezes líquidas.
A postura é de 4 ovos. Os filhotes abandonam o ninho após
dois meses.
Essa espécie começa a reproduzir tarde, com 3 a 4 anos
de vida. Nidificam de setembro em diante.
São muito barulhentos. É o melhor falador dentre os
psitacídeos nacionais; treinado desde pequeno, continuam a aprender
por vários anos.
Voz: "krik-kiakrik-krik-krik", "kréo" (bem típico),
"rak-áu" (voando); canto melodioso: "drüo druo-druo-druo drüo
drüi dü; pedinchar do filhote "ga, ga, ga, ga".
Destacamos também a falta de comida, decorrente da eliminação das fruteiras nativas nas matas.