
Reprodução
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Pica-pau-do-campo
(Colaptes
campestris)
Família
Picidae
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Caracterização
Mede 32 cm, espécie grande, terrícola, inconfundível
pelo formato e colorido; lados da cabeça e do pesoço amarelos
como o peito anterior. Manto e barriga barrados, baixo dorso branco e bem
visível quando vôa.

Habitat
Regiões campestres, alto das serras, acima da linha das florestas
e nas caatingas.

Distribuição
Ocorre no nordeste do Brasil ao Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina;
também nos campos do baixo Amazonas e no Suriname.

Hábitos
Vive em pequenos bandos. Pula através da ramaria horizontalmente
como uma gralha. Quando quer fugir procura árvores, estacas ou grandes
pedras. Este pica-pau é o que mais se acostumou a vida no chão,
gostando até de tomar banho de poeira.

Alimentação
Gormigas e cupins. Procuram seu alimento principalmente no solo entre pedras
e até sobre o piso de estrada; do alto de montículos, postes,
árvores isoladas, cactáceas.
Pica-pau penetrando a língua numa fenda para retirar ovos
de insetos.

Reprodução
O casal faz cavidades no tronco das árvores, de preferência
mortas e nuas, ou mesmo em postes e estacas semi-apodrecidas e lá
contrói seu ninho. A fêmea põe de 2 a 4 ovos que o
casal choca por mais ou menos 13 dias. Os filhotes nascem nus e cegos e
ficam no ninho por mais 5 semanas.

Manifestações
sonoras
Voz: bem variada, forte "kjück..." do timbre do maçarico
Tringa
melanoleuca; tremulante "wüüü...",
"guik",
"üü".

Predadores naturais
Devido a destruição da Mata Atlântica está invadindo
grandes áreas da região Sudeste que antes eram cobertas por
flerestas.
Caça
e declínio da espécie
A destruição da mata primária priva-os muito. O reflorestamento com eucaliptos e Pinus não favorece a existência dos pica-paus, o mesmo acontecendo com as capoeiras nativas, nas quais faltam árvores maiores e mais velhas, para a instalação de seus ninhos para nidificarem. Os pica-paus são bastante sensíveis aos inseticidas. A existência de pica-paus pode até servir como indicador de que a respectiva biocenose (associação dos seres vivos em certa área, especialmente a alimentar) continua intacta.
Utilização
Muitas aves não conseguem cavar tocas e/ou buracos, aproveitando-se
assim das moradias dos pica-paus. Os grandes benificiados são: periquitos, araçaris etc; pequenos mamíferos como os sagüis , mico-leões; répteis e anfíbios. São muito úteis ao homem, pois destroem grande quantidade de insetos e suas larvas que são nocivas à madeira.
Bibliografia
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".