
Reprodução |
Murucututu
(Pulsatrix perspicillata)
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Caracterização
Mede 48 cm. Corujão sem "orelhas", face com desenho branco
puro, barriga uniforme, branca ou amarela; íris alaranjada ou amarela.

Habitat
Vive em mata alta.

Distribuição
Ocorre do México à Bolívia, Paraguai e Argentina.
Provavelmente em todo Brasil.
Hábitos
Gosta de banhar-se na chuva.

Alimentação
Predominam geralmente insetos (gafanhotos, besouros, baratas, etc.),
mas apanhamroedores, lagartos e rãs.
O controle da alimentação de uma coruja é feito
pelo exame das pelotas ou bolotas regurgitadas, as quais contêm crânios,
bicos, pés e unhas (das aves e mamíferos). É admirável
como os sucos digestivos das corujas limpam os ossos mais delicados de
carne e tendões. Ficam inalterados também pêlos, penas
e escamas.

Reprodução
Criam em ninhos abandonados de outras aves. Os ovos são quase
redondos, às vezes ovais, de cor branca pura. Filhotes de penugem
branca, disco facial preto.

Manifestações
sonoras
Voz: "ko-ko-ko...", pelo fim acelerada e enfraquecendo, bem
simbolizado pelo nome "murucututu".

Predadores naturais
A presença de uma coruja, descoberta no seu esconderijo diurno,
irrita certas aves, sobretudo Passeriformes (beija-flores), cujos gritos
de advertência chamam vizinhos e revelam a presença
da coruja inclusive ao homem. Além de molestarem tanto a coruja
que acaba saindo a procura de outro esconderijo.
Como exemplo de predador temos o pequeno gavião (Buteo magnirostris),
que chega a apanhar a coruja, pois é uma presa fácil durante
o dia.

Preservação
As corujas merecem a nossa proteção integral. Todas elas
proporcionam benefício ao homem pela destruição incessante
de insetos e roedores. Temos que combater o preconceito contra essas aves,
crendices difamatórias trazidas em parte da Europa, onde também
carecem de fundamento. Tais mentiras geram e difundem a antipatia a essas
criaturas tão interessantes, cuja vida noturna as torna misteriosas
e temidas, dando-lhes a fama de agourentas. É sinal de mentalidade
atrasada falar dos pios "agoureiros" das corujas. Os índios adoram
as corujas, enquanto os matutos atribuem ao caburé o dom de dar
boa sorte. Para os gregos da Antiguidade as corujas, por causa de seus
grandes olhos, eram símbolo de sabedoria.
Bibliografia
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira".