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João-bobo(Nystalus chacuru) |
Mede 18 cm, peso varia entre 61-64 g. Bochechas salientes e colar
branco e puro, muito destacado na nuca, separados por uma área negra,
bico amarelo-alaranjado.
Campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura (cafezais,
etc); ao lado de estradas de ferro. Vive também em locais bem ensolarados.
Ocorre do ato rio Madeira (Amazonas), Maranhão, nordeste
do Brasil e leste do Peru até o Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia
e Argentina.
Permanece imóvel durante longo tempo, mudando de vez em quando
apenas de lado e virando a cabeça mostrando que tudo observa, não
é "bobo" como dizem, apenas confia no seu mimetismo. Quando é
apontado vivo finge de morto para fugir inesperadamente. O seu vôo
é rápido e horizontal, percorre apenas distâncias curtas.
Vivem periodicamente em pequenos grupos que constituem aparentemente em
famílias; pernoitam pousados em galhos, encostando um no outro.
Caça insetos (por ex. besouros) em vôo. Alimenta-se
também de artrópodes pousados e lacertílias ; diplópodes,
chilópodes, opiliões, escorpiões. Ingerem matéria
vegetal. Bebem água acumulada em rosetas de folhas.
A fêmea põe de 2 a 3 ovos no ninho. Aproveita-se de
taludes de ferrovias para nidificar; no período que escava, suja
o bico, pés e pernas, o que altera um tanto seu colorido natural.
Escava o ninho em barrancos naturais e de beiras de estradas, e em cupinzeiros.
Perfura uma galeria de cerca de 40 cm no fim da qual escava ampla panela,
onde são depositados alguns gravetos e talos de folhas secas.O casal
revesa-se para cuidar do ninho.
Macho e fêmea (podem cantar) respondendo-se mutualmente. Chamam
atenção, pois não param de cantar mesmo à noite.
Onde entoam um animado dueto "chacuru", "chacuru" e outras vezes repete
"fevereiro", "fevereiro".
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira" .
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".