Reprodução

Inhambu-xintã 

(Crypturellus tataupa)

Família Tinamidae

Caracterização

Mede 24 cm. O seu bico é vermelho vivo (com a ponta negra no macho); a sua pelagem é vermelho pálido, seu manto (costas) é castanho-escuro. O macho é bem menor que a fêmea.

Hábitat

Habita matas secundárias, capoeirões secos, caatinga, canaviais.

Distribuição

No Brasil ocorre no Nordeste, Leste, Sul (até o Rio Grande do Sul) e no Centro-Oeste; no Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Hábitos

Desconfiados, imobilizam-se instantaneamente de pescoço ereto , parte posterior do corpo levantada ou deitam-se; indivíduos assustados por um tiro às vezes fing em-se de mortos.
Alçam vôo apenas como último recurso, sendo o mesmo pesado e retilíneo; são quas e incapazes de evitar obstáculos, mas pilotam relativamente bem quando planam pa ra aterrissar.

Alimentação

Comem não só bagas, frutas caídas (ex. merindibas, tangerinas e coquinhos de palmito) como folhas e sementes duras. Procuram pequenos artrópodes e moluscos que se escondem no tapete de folhagem apodrecida; viram folhas e paus podres com o bico à procura do alimento, jamais esgravatando o solo com os pés como fazem os galináceos.
Às vezes pulam para apanhar algum inseto.Bebem regularmente sempre que houver água. Engolem pedrinhas; os filhotes dependem de alimento animal.

Reprodução

Andam aos casais. Cor do ovo: chocolate-claro rosáceo. A incubação tem duração de 19 a 21 dias.

Manifestações sonoras

Voz: Atinge um volume alto em comparação ao seu tamanho, as vocalizações entre os sexos são diversas. Quando está assustado emite um tremulado.

Predadores naturais

Gatos-do-mato, raposas, guaxinins, furões, iraras, gambás, gaviões e corujas.
Os ninhos podem ser saqueados por cobras, macacos, gambás e até mesmo pelo taman duá-bandeira.

Caça, utilização

Estão entre as aves cinegéticas mais importantes do Brasil, fornecendo a popula ção rural parte das proteínas indispensáveis.

Preservação

Essas aves se aproveitam do desmatamento e se infiltram até em áreas cultivadas. Estão ameaçadas pelo emprego de inseticidas, espalhados indiscriminadamente por toda parte. Comem formigas cortadeiras envenenadas por iscas granuladas e carrapatos mortos caídos do gado tratado.
Consta que o xintã revela extraordinária resistência às modificações ambientais.

Bibliografia

Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira" .