Mede 56 cm, envergadura 123 cm. Espécie grande, bem conhecida; alvinegra,
de face nua, amarela ou vermelha; um penacho nucal dá à cabeça
forma característica; pernas altas e fortes. Os indivíduos
jovens são pardos, de peito estriado, cara violácea ou amarelo-clara
e pernas amareladas ou esbranquiçadas; distinguem-se logo como um
carcará pela forma marcante da cabeça.
Hábitat
Habita qualquer região aberta, onde é freqüentemente
o único gavião que aparece. Encontra-se freqüentemente
nas estradas e queimadas, também à beira-mar, às vezes
em grupo.
Distribuição
Ocorre da Flórida à Terra do Fogo e em todo o Brasil. Ocorre
também em cidades grandes.
Hábitos
É um rapineiro imponente e elegante, de fisionomia severa, realçada
por um penacho de penas negras. Segue tratores que aram os campos, atraído
pelas minhocas que emergem do solo. Anda pelo chão como uma galinha,
pula, suja-se no pegajoso capim-gordura.
Alimentação
Come insetos, aranhas, minhocas e outros invertebrados. Aprecia todo tipo
de pequenos animais, como lagartixas, anfíbios, caracóis,
cobras, aves domésticas. Não despreza nem animais mortos
em início de decomposição e ainda come frutas e grãos
que cata do chão. Seu sistema digestivo é poderoso e o que
não consegue digerir é regurgitado sob a forma de pelotas.
Reprodução
A cor da face passa de vermelho para amarelo quando a ave se excita, não
sendo portanto um dimorfismo sexual. Constrói como ninho uma plataforma
rasa de gravetos no alto de árvores, dentro da ramada. Põe
de 2 a 4 ovos, que choca durante 28 dias. Os ovos costumam ser densamente
manchados.
Manifestações
sonoras
Voz: baixo profundo "rrak"; o canto consiste em uma estrofe composta,
um rosnante "rak, rak, rak-ráa"; joga a cabeça para
trás durante a última parte.
Caça
Os gaviões em sua maioria estão ameaçados pela destruição
ambiental e caça indiscriminada, pois são aves esteticamente
valiosas.